Report #026 - Mudança
Take One - Blogs
Comecei o ano como Citizen Zuko, transformei-me em Martini Man, Ex-Borrachei-me pelo caminho, brevemente assumi-me como JPS e agora sou o Neo. Pelo passado ficaram o Parker Lewis e um Zuco ainda mais antigo.
Take Two - Casa
Há um ano dormia no tapete da sala da minha mãe. Agora todas as noites tenho de disputar o Altar da Luxuria a uma Sacerdotiza que insiste em dormir enroscada em mim. E ainda bem! :)
Comprei a casa em Maio, mobilei-a e equipei-a completamente de raiz numa semana, arruinando-me no processo (Dont try this at home!) e passei a entender porque é que uma amiga minha chamava á sua casa "O Meu Palácio": Porque de facto o é...
Podem não acreditar, mas é a primeira vez na vida que vivo numa casa escolhida e decorada por mim. É pequenina e "tão modesta quanto eu", mas não é por isso que desmerece o nome de Kananga do Japão.
Take Three - Trabalho
Tambem mudou. Estou, num sitio melhor, onde se faz coisas mais giras e sempre diferentes. Há que ter sorte ... ou fazê-la! Tambem mudei a minha atitude perante ele: Agora sou mais interventivo, importo-me, preocupo-me, dou o litro e meio e, principalmente, sempre que acho, não me proibo de dizer "Não!" e de justificá-lo. E comecei a ser ouvido e a ser nomeado para projectos especiais. Nice...
Take Four - Familia
Um dos meus motivos de orgulho é o facto de ter conseguido sair de um casamento causando a todos o minimo de dor. Dou-me bem com a minha Ex e com o namorado dela, o qual já era meu amigo de longa data. Estou bem com a minha filha, apesar de achar que devia estar mais presente, mas nesta situação, talvez nunca se seja suficientemente presente.
A pouco e pouco tenho estado a formar outra familia com a Trinity, mas ela merece um capitulo só para ela
Take Five - As moças
As mulheres são a pontuação na vida de um homem.
Umas são pontos finais, outras de interrogação.Estas são as virgulas necessárias á respiração, aquelas o parágrafo que nos fazem recomeçar. Algumas nunca passam de reticências, mas quase todas merecem a nossa exclamação.
Não me posso queixar.
Tive a honra de ter conhecido mulheres muito interessantes e belas.
Lembro-me de todas com uma grande ternura e sincero agradecimento pelos momentos que me deram, seja a falar de Humpá-Pá no teatro, a passear na Gulbenkian com o filho dela, a fazer o jantar na casa de outra, a subir e descer a serra de Sintra antes de um cozido á portuguesa, ou a passear á noite pelo jardim, debaixo dos aspersores de rega a funcionarem.
A todas o meu sincero obrigado e as minhas sentidas desculpas pelo que de indesculpavel vos possa ter feito ... ou não!
Take Six - Os Amigos
Os Amigos são como os anjos: Não têm sexo (pelo menos connosco) e estão sempre ali, mesmo quando não os vemos.
No decorrer do ano passado perdi cerca de um terço dos meus amigos. Deixaram de me falar quando me separei, ainda não sei se por pudor, desacordo ou choque. Tambem pode dar-se o caso de nunca terem sido meus Amigos, mas apenas amigos...
Se há "Personalidade do ano" para 2007, que me acompanhou ao longo do ano todo, é claramente o Blade. Reencontramo-nos por acaso no inicio deste ano, na festa de inauguração do meu telemovel. Se há prova de que uma pessoa pode mesmo mudar para melhor sempre que quiser, é ele. Buddy, tu és um exemplo e inspiração, para alem de estares lá! (bater no coração e apontar para ti)
E depois temos os Anjos: Rita, Hugo, Elsa, Anokas, Marisa "Certificada", Maria, Maria João, Marta Pratas, Caroço, Miguel, Catia, Margarida, Vanda "Aragana", Susana, outra Susana, mais uma Susana, André "Dias", Cristina, Gonçalo, Guida, Hilário, Joao Bastos, Sónia, outra Sónia, mais uma Sónia, Tuna, Paulinha, Pedro Reis, Silvia, Teresa.
Take Seven - Locais
Houve locais onde me marcaram este ano. O Estado Liquido, o Cento & Doce, o Kubo, o Nigth Café, o Ponto Final e o Plateau. Mas tambem as Olaias, a marginal, Almada, os Olivais e a Lousã.
Take Eight - Sons
Take Nine - Trinity
Quase imediatamente a seguir á minha separação, comecei á procura de alguem. Sistemática e deliberadamente, quase com voracidade. Já não acreditava na Mãe Natal e achava que se queria alguem tinha de fazer por isso. Diziam-me, nessa altura, que as coisas não eram assim. Que deveria aguardar, e que as coisas aconteceriam quando tivessem de acontecer, normalmente quando menos esperasse.
Pois bem... Todos tinhamos razão!
Se eu não estivesse á procura, a Trinity nunca me teria encontrado, e quando me encontrou eu já não acreditava que alguma vez teria uma relação de longa duração com alguem. Muito sinceramente, ela não só faz sentido na minha vida, como lhe dá significado.
Miuda, eu não estive 23 anos á tua espera. Estive 23 anos a evoluir para estar contigo.