sábado, 26 de janeiro de 2008

Report #028 - Sexo


Toda a gente tem uma dimensão sexual (ou mais do que uma..) da mesma forma que tem uma dimensão espiritual, intelectual, afectiva, social ou fisica. Negá-lo, é como decidir deixar de falar, ou de sentir. É renegar uma das nossas dimensões que nos definem como seres humanos. È, no fundo, deixar de nos ver (e de ver os outros) como homens e mulheres.

Esta dimensão (a sexual) não pode ser desligada de um momento para o outro, da mesma forma como não conseguimos deixar de pensar , só porque passámos a ter a ter alguem especial com quem a expressamos.

Apesar da pressão social, continuamos a considerar eventuais parceiros sexuais, mesmo depois de emocionalmente comprometidos. Lamento, mas continuamos humanos, mesmo depois de sacralizados pelo casamento.

Tudo isto para dizer que sempre que me cruzar com uma mulher interessante*, trocaremos imagens dos nossos mundos, partilharemos emoções, olhares cumplices, risos e momentos de silêncios. Dançaremos, simbólica e efectivamente, porque o toque é natural e a sintonia hamónica.
Ao faze-lo estarei a valorizar-la como pessoa completa, em todas as suas dimensões e não só naquelas que são mais socialmente aceites. Ao fazê-lo estarei a apreciar uma Mulher e não um ser asexuado.

Porque o sexo é natural ...


(* = Digo interessante e não bela, porque felizmente a beleza é normal nas mulheres e aquilo que lhes dá volume e profundidade é aquilo que são e como estão perante a vida, não o facto de serem aquilo que hoje os canones de beleza definiram como perfeita.)

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Report #027 - Amigas




Entrou em casa cansada...
Com aquele ar entre o ligeiramente zonzo e feliz, como só uma leve bebedeira ou várias descargas de endomorfinas podem dar.


A outra miúda era gira... Claramente gira e com potencial. Um bocadinho timida, o que é normal para quem brinca com meninas pela primeira vez, mas surpreendentemente boa a fazer minetes...


Enquanto se despia, reviu tudo. O jantar, a conversa de circunstância, falaram do passado, de namorados e outros homens e mulheres, de roupas, do que gostavam ou não na cama e noutros lugares; como boas amigas que não eram, desconhecidas de curta data.
Depois beijaram-se, enrolaram-se, despiram-se, exploraram-se...


Beijaram-se de novo à saída, com o encanto antigo dos amantes clandestinos. Aquele era um mundo só delas. Um bolhinha perfumada, cor de rosa e sensual com dois corpos femininos lá dentro, sem outro objectivo que o de estarem juntas.


Foi quando se deitou que lhe ligou.
- Olá.... Sim, já estou em casa... Foi boa... Eu depois conto-te! Vá... Despacha-te! Beijinho. Amo-te muito, bichinho!


Ele entrou!


Em casa, nela, por cima, por baixo, por detrás, pela frente. Com as mãos, as línguas, os dedos, os sexos, tudo! Com as almas, até ao suor, apesar da madrugada de Inverno, unidos naquela tesão vivida por um, imaginada por outro, antecipada por ambos.


A manhã para eles não existiu. Só a tarde.