quinta-feira, 3 de abril de 2008

Report #031 - Rabooooo!


- Ainda tens isto aqui escrito. - disse-me o Neo enquanto me massajava as costas e olhave para o meu rabo.
- O quê? E consegue-se ler? - disse eu em estado de choque.
- Sim, perfeitamente: "Vou foder este cú bom", vêem-se as setas e tudo! - diz-me ele com a maior das calmas.



Meto a cara entre as mãos e sussurro: "Que vergonha!".



No dia anterior eu e o Neo, quais criancinhas irrequietas, tinhamos andado a brincar com uma esferográfica, primeiro eu escrevi umas coisas no Neo, das quais já não me lembro, mas que se situavam perigosamente perto do meu caralho-mais-que-tudo. O Neo não se deixando ficar, escreveu em letras bem grandes "Vou foder este cú bom", nas minhas nádegas com umas setas a apontar mesmo para o meu cuzinho. Até aqui tudo bem.



No dia seguinte à brincadeira com a caneta, fui à depilação defenitiva, que ando a fazer nas virilhas e "interglúteos", quando chegou a vez de fazer esta última a menina mandou-me virar de rabo para o ar (já estava sem roupa interior), quando o fiz ela ficou uns segundos parada e por fim lá me atormentou com a luz pulsada.

Pois... daí o sorriso maroto que ela lançou ao Neo quando saímos do cubiculo.

sábado, 1 de março de 2008

Report #31 - AMO-TE




Adoro o teu coelho com castanhas.


Adoro a tua Cocker.


Adoro a maneira como me acordas.


Adoro o teu cheiro.


Adoro as tuas T-shirts peacocking.


Adoro a tua voz ao telefone.


Adoro a maneira como me fodes.


Adoro o teu sorriso.


Adoro o teu olhar à Bruce Willis.


Adoro a maneira como me seguras o cabelo quando fodemos.


Adoro as tuas mãos.


Adoro quando me falas da política externa Ateniense durante a guerra de Peloponeso (como é que isto se escreve?)


Adoro a tua flexibilidade.


Em suma: AMO-TE!


quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Report #030 - O que é meu é teu!


Neo, hoje tive a pensar no que aconteceria se nos separássemos.


Estamos a viver juntos há 6 meses, apesar de eu só o saber há 5 meses.


Nestes 6 meses temos partilhado tudo, o que é meu é teu literalmente, já não dividimos a conta do restaurante, já não nos lembramos quem fez as comprar para a casa da ultima vez, já não sabemos quem comprou os toalhões de banho novos...
Eu contribuo para a casa como se ela fosse minha, eu uso e abuso dela como se na escritura estivesse também o meu nome.


O que é meu é teu!


Todavia, hoje pus-me a pensar como seria se nos separássemos: o que já era teu fica teu e o mesmo com os meus pertences, as coisas da casa são da casa e neste momento ainda não temos nada comprado em conjunto, pelo menos com importância monetária ou emocional, que nos dê problemas.


Até que pensei nele. Ele é teu, já existia antes de mim, mas sou eu quem lhe dá mais atenção, sou eu quem passa mais tempo com ele, atrevo-me mesmo a dizer que sou eu quem mais gosta dele.


Adoro-o, ele faz-me muito feliz!


Mas se um dia destes nós nos separarmos... é contigo que ele vai ficar. Só de pensar nisto fico triste. Não o quero deixar de ver...


Bem, mas isso por enquanto não é problema porque eu não pretendo dar-te paz tão cedo, hehehe!


P.S. - para o verem cliquem aqui.

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Report #029 - Sonho de uma noite de Inverno.


Eu e o Neo estávamos algures num bar, restaurante ou algo do género. Eramos 4 à volta de uma mesa. na qual estava sentada a Marilyn Monroe na companhia do Capitão Haddock.

Todas as atenções se fixavam nela, loira, reluzente, vistosa, cheirosa. O perfume dela prendia-nos a todos, e punha-me a pele em chamas. Estavamos fascinados com aquela presença.Ela prometeu divertir-nos e fazia-o demasiado bem.

O Capitão Haddock falava alto, contando as suas aventuras pelo mundo, com o Tintin e bebia sake. De vez em quando provocava-a e ela respondia-lhe, ora mostrando-se tímida, ora mostrando os seus encantos de feiticeira.

I wana be loved by you...

Cantava ela com as mãos coladas às mamas, fazendo-as ondular ao som da música.

Just you...

Não estava a aguentar mais, toda a aquela aura à volta de Marilyn, o sake no meu sangue e eu a latejar de excitação por aquela mulher extraordinária.

Nobody else buy you...

Quem seria este "you"? Todos ou nenhum? Levantou-se, vestiu o casaco e convidou-nos para a acompanhar: "Esta noite não quero dormir." Tinha-nos escolhido para a divertir. Eu ajeitei o corpete, o Neo pôs os óculos escuros e levantamo-nos.

I wana be loved by you...

O Capitão Haddock levou-nos até ao seu navio. Durante a viagem, o Neo e a Marilyn dançavam escadas acima, escadas abaixo, como o Fred Aster e a Ginger Rogers. (Raio do sake!) Levantou ferro e pô-lo a deslizar em direcção ao horizonte, enquanto Marylin mostrou-me o seu camarote. Refastelei-me no colchão de água e ela dançava à minha frente.

Just you...

Cantava ela de novo.
O ambiente era enublado como um bar em Changai, as curvas dela a baloiçarem à minha frente, o cheiro a sake, o perfume dela, o corpo do Neo por baixo do meu, o Capitão Haddock a tocar-me...

Nobody else buy you...

Ela debruçou-se sobre mim e eu senti-lhe a boca. Sabia a sake e a cigarros...

Bubop Bidou!

Acordei, com uma dor de cabeça do tamanho do mundo. Fiquei uns minutos a pensar no sonho estranho que acabara de ter e prometi a mim mesma não voltar a abusar do sake.

Ou não!...

sábado, 26 de janeiro de 2008

Report #028 - Sexo


Toda a gente tem uma dimensão sexual (ou mais do que uma..) da mesma forma que tem uma dimensão espiritual, intelectual, afectiva, social ou fisica. Negá-lo, é como decidir deixar de falar, ou de sentir. É renegar uma das nossas dimensões que nos definem como seres humanos. È, no fundo, deixar de nos ver (e de ver os outros) como homens e mulheres.

Esta dimensão (a sexual) não pode ser desligada de um momento para o outro, da mesma forma como não conseguimos deixar de pensar , só porque passámos a ter a ter alguem especial com quem a expressamos.

Apesar da pressão social, continuamos a considerar eventuais parceiros sexuais, mesmo depois de emocionalmente comprometidos. Lamento, mas continuamos humanos, mesmo depois de sacralizados pelo casamento.

Tudo isto para dizer que sempre que me cruzar com uma mulher interessante*, trocaremos imagens dos nossos mundos, partilharemos emoções, olhares cumplices, risos e momentos de silêncios. Dançaremos, simbólica e efectivamente, porque o toque é natural e a sintonia hamónica.
Ao faze-lo estarei a valorizar-la como pessoa completa, em todas as suas dimensões e não só naquelas que são mais socialmente aceites. Ao fazê-lo estarei a apreciar uma Mulher e não um ser asexuado.

Porque o sexo é natural ...


(* = Digo interessante e não bela, porque felizmente a beleza é normal nas mulheres e aquilo que lhes dá volume e profundidade é aquilo que são e como estão perante a vida, não o facto de serem aquilo que hoje os canones de beleza definiram como perfeita.)

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Report #027 - Amigas




Entrou em casa cansada...
Com aquele ar entre o ligeiramente zonzo e feliz, como só uma leve bebedeira ou várias descargas de endomorfinas podem dar.


A outra miúda era gira... Claramente gira e com potencial. Um bocadinho timida, o que é normal para quem brinca com meninas pela primeira vez, mas surpreendentemente boa a fazer minetes...


Enquanto se despia, reviu tudo. O jantar, a conversa de circunstância, falaram do passado, de namorados e outros homens e mulheres, de roupas, do que gostavam ou não na cama e noutros lugares; como boas amigas que não eram, desconhecidas de curta data.
Depois beijaram-se, enrolaram-se, despiram-se, exploraram-se...


Beijaram-se de novo à saída, com o encanto antigo dos amantes clandestinos. Aquele era um mundo só delas. Um bolhinha perfumada, cor de rosa e sensual com dois corpos femininos lá dentro, sem outro objectivo que o de estarem juntas.


Foi quando se deitou que lhe ligou.
- Olá.... Sim, já estou em casa... Foi boa... Eu depois conto-te! Vá... Despacha-te! Beijinho. Amo-te muito, bichinho!


Ele entrou!


Em casa, nela, por cima, por baixo, por detrás, pela frente. Com as mãos, as línguas, os dedos, os sexos, tudo! Com as almas, até ao suor, apesar da madrugada de Inverno, unidos naquela tesão vivida por um, imaginada por outro, antecipada por ambos.


A manhã para eles não existiu. Só a tarde.